Reforma Política
Eita!
A coisa virou uma quizomba danada, enquanto as pequenas cidades, como
Morretes, aguardam ansiosas as mudanças para o pleito do ano que vem,
nada se vê, a não ser o fim da reeleição, o
que pode indicar que, de fato, os políticos não têm lá muita disposição
para fazer reforma nenhuma. Nesta quarta, a Câmara começou a votar o
texto da reforma política que reúne as emendas antes aprovadas.
No Senado,
também está em curso uma reforma política. Foi aprovada uma boa
proposta: na prática, o texto acaba com as coligações nas eleições
proporcionais. Por quê? Ainda que partidos nanicos estejam formalmente
coligados a legendas maiores, terão de alcançar, com os seus próprios
votos, o coeficiente eleitoral para eleger seus representantes. Vale
dizer: ao fazer a distribuição de cadeiras, contam-se os votos de cada
legenda, não da coligação.
O
Senado
já havia aprovado texto parecido, mas foi rejeitado pela Câmara, que, na
sua própria reforma, decidiu manter as coligações proporcionais, que é o
maior incentivo que se pode dar a nanicos e à fragmentação partidária,
um processo sem dúvida nefasto da política brasileira. O texto do
Senado, por sua vez, migrará para a Câmara, onde pode ser de novo
rejeitado. Como se nota, fazer uma reforma política é coisa bem mais
complicada do que parecia à primeira vista, não é mesmo? Estamos no
aguardo no contínio dessa pseudo reforma.